ou Porque a Quaresma?
"Tristeza não tem fim, felicidade sim."
deTom Jobim, na voz de novo Tom, o Zé
deTom Jobim, na voz de novo Tom, o Zé
Desde o ano passado a Quaresma passou a ter um segundo sentido, ou passou a ser um momento de grande reflexão pessoal e consequentemente artística. Em 2012 eu revi o trabalho que eu desenvolvia no Meu Irritante Eu, mais que isso, eu me esforcei em criar uma linguagem própria, algo que se aproximasse da performance arte, uma intervenção cyber-opaca. Tudo partiu de uma experiência pessoal com a palavra, com a maneira como nos apropriamos dela, das interpretações que se obtém... Usei a Quaresma como uma provocação. Se muitos fiéis abrem mão de algum desejo da carne durante esse período, o que eu poderia fazer? Racionar a palavra, a luz!
"Eu sou a luz do mundo."
I João 1.5
A partir desse dia a criatividade e improvisação entraram em ação juntamente com o racionamento de luz.
O primeiro ano foi visceral para mim, eu me senti exposto e trabalhei
com a nudez de um corpo em decomposição, meu finado blog.Tom Zé mais uma
vez compareceu no meu processo de criação com seu disco Estudando o Samba. Ele literalmente iluminou o processo e deu ritmo à procissão.
Mt. 25.13
O primeiro ano se fechou com os 40 dias soturnos, com um carinho inegável pelo espaço que a internet proporciona a pessoas que como eu utilizam da ferramenta blogger para se expressar. O Na Quaresma use sua lanterna representou para mim um crescimento artístico e o fechamento de uma etapa. Eu cheguei a escrever num caderno que "esse trabalho foi uma das coisas mais lindas e sensíveis que eu já fiz".
Por quatro anos escrevi num mesmo endereço e nesse tempo pude me conhecer e me transformar bastante.
Já nessa primeira vivência eu resolvi desenvolver o Na Quaresma pelos próximos anos da minha vida. Durante esse período eu passarei a experimentar artisticamente sobre a questão da influência da instituição Igreja, sobre os nossos costumes, o embate Ciência x Religião e, claro, sobre a minha relação com tudo isso.
Em 2013 eu posso pensar que pouco avancei, ou que tive tímidas ações. Mas é um processo... Conheci nesse período a Teologia da Libertação, de Leonardo Boff, e compreendi a diferença e semelhança entre o Cristo da fé e o Jesus histórico, o Filho de Deus e o Homem — quase indivisíveis. Acredito que essa leitura vai de certa forma influenciar o futuro dessa concepção artística. Sei lá, esse ano também eu procurei dialogar com o que eu via na mídia, com notícias e vídeos, com o espetáculo Os Ancestrais, do grupo Teatro Invertido...
Auto-críticas à parte, eu posso dizer que não tenho dúvidas de que nesses tempos reacionários, com a direita concervadora de nossa país e com a ocupação de importantes cargos políticos por religiosos fundamentalistas, esse trabalho tenha muito no que refletir.
O primeiro ano se fechou com os 40 dias soturnos, com um carinho inegável pelo espaço que a internet proporciona a pessoas que como eu utilizam da ferramenta blogger para se expressar. O Na Quaresma use sua lanterna representou para mim um crescimento artístico e o fechamento de uma etapa. Eu cheguei a escrever num caderno que "esse trabalho foi uma das coisas mais lindas e sensíveis que eu já fiz".
Por quatro anos escrevi num mesmo endereço e nesse tempo pude me conhecer e me transformar bastante.
"Vai alta a noite, e vem chegando o dia.
Deixemos, pois, as obras das trevas e
Deixemos, pois, as obras das trevas e
revistamo-nos das armas de luz."
Rm. 13.12
Já nessa primeira vivência eu resolvi desenvolver o Na Quaresma pelos próximos anos da minha vida. Durante esse período eu passarei a experimentar artisticamente sobre a questão da influência da instituição Igreja, sobre os nossos costumes, o embate Ciência x Religião e, claro, sobre a minha relação com tudo isso.
Em 2013 eu posso pensar que pouco avancei, ou que tive tímidas ações. Mas é um processo... Conheci nesse período a Teologia da Libertação, de Leonardo Boff, e compreendi a diferença e semelhança entre o Cristo da fé e o Jesus histórico, o Filho de Deus e o Homem — quase indivisíveis. Acredito que essa leitura vai de certa forma influenciar o futuro dessa concepção artística. Sei lá, esse ano também eu procurei dialogar com o que eu via na mídia, com notícias e vídeos, com o espetáculo Os Ancestrais, do grupo Teatro Invertido...
Auto-críticas à parte, eu posso dizer que não tenho dúvidas de que nesses tempos reacionários, com a direita concervadora de nossa país e com a ocupação de importantes cargos políticos por religiosos fundamentalistas, esse trabalho tenha muito no que refletir.
QUE TENHAMOS UMA PÁSCOA MENOS SEXISTA
QUE A DA EMPRESA KINDER OVO!!!
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