Certa feita,
um jovem sem rumo
e sem anzol
Ia ligeiro
bem à margem do rio
Há um tempo
se afeiçoara àqueles peixes dóceis
àquela água doce
Em um certo momento
de sua caminhada,
viu-se só e pensativo...
Não fosse o mundo um moinho,
como nos contou um poeta,
daria ele tantas voltas?
avançou feito correnteza
carregando para longe
seus pensamentos
e ele, pouco afeito à caça,
viu-se encurralado
pelo seu próprio instinto
Em sua tocaia
plena pescaria
avançou sobre as águas
sem muito sucesso
a beira do rio lhe escaparam tantos peixes
Absorto em sua pesca,
com algumas pedras
e sua fome insistente
pôs-se a boiar ladeira
abaixo
Ouvindo longe
sem saber ao certo
- uma sereia? - cantar
Ainda é cedo, amor!
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